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quinta-feira, 16 de junho de 2011

Sortuda eu, nao? Que dia!

 Eu não sou uma pessoa muito distraída.
Tá bem! Eu sou uma pessoa muito distraída.
Tecnicamente a garota mais distraída do mundo!
Só pra você ter uma ideia: Eu simplesmente nunca saio andando com alguma coisa na mão, por que senão eu a deixo cair e nem percebo. Um dia eu estava no ponto de onibus esperando o onibus( não esperando o metro!) com um vale estudantil na mão, estava lá pensando na vida... ou melhor, na morte da bezerra e de repente vejo um vale estudantil no chão. Olho pra minha mão e vejo que ela esta vazia! Pois é, eu sou assim.
Mas vamos direto ao assunto.
Estava eu hoje voltando da escola feliz e serelepe depois de fazer uma ótima prova de matemática(eu sempre acho que fui bem na prova até receber a nota, mais vai lá.), indo em direçao ao ponto coletivo quando ponho a mão no bolso para pegar o vale estudantil, mas... cadê o vale? procuro no outro bolso e nada, já estava desesperada pensando em voltar pra pedir um emprestado quando lembro que a estúpida aqui pôs o vale dentro da bolsa e não no bolso. Respiro aliviada. Paro no ponto com um vale na mão, mas resolvo ir na bomboniere comprar doces(não, um cachorro!), vou lá, compro um monte de doces e volto feliz e serelepe ainda para o ponto que fica em frente à bomboniere. Pego uma bala, abro, calminha, e aí reparo: onde esta o meu vale!!!???? Procuro nos bolsos(detalhe: eu também faço as coisas tão distraidamente que nem lembro depois que fiz.), na bolsa, nas sacolas...
- Tá, eu devo ter deixado ele cair pelo caminho, lógico, o pior que pode acontecer é que o vento leve ou alguém ache.
Olho para dentro da bomboniere e vejo algo estranho no chão. Deve ser meu vale!
Me preparo para correr quando aparece minha avó( Minha avó!!) do nada, ela normalmente não vai muito para o comercio, mas nesse dia resolveu ir.
- Oi vó...
- Que bom que te encontrei, quero mandar um recado para sua mãe, diga pra ela...
E começou a falar, vejo duas meninas entrando na bomboniere e me desespero: se elas acharem o vale não vai ter como eu provar que é meu e eu vou ter de ir pra casa a pé nessa chuva!
Minha avó termina o recado.
- Tudo bem, vó.
- E não esqueça, viu? Por que...
E começa a falar de novo. Depois de muita tagarelança nos despedimos e eu corro para a bomboniere, felizmente ninguém tinha reparado no vale. Peguei-o e a balconista me olhou.
- Er... Eu sou lerda, não? Deixo o vale cair e nem percebo!
Saio correndo de lá antes que a balconista resolva falar alguma coisa.
Normalmente, antes de pegar um onibus, eu olho pela janela para ver se está muito cheio e se meus lugares perto das janelas estão vazios, senão eu espero outro, lá passa onibus o tempo todo. Obviamente hoje eu não olhei. Entrei no onibus e tentei passar pela roleta, as sacolas prenderam, meu guarda chuva prendeu, meu pé prendeu e quando eu achava que estava livre, a alça da minha mochila prendeu e me puxou para trás. Consegui passar e entreguei o vale todo amassado ao cobrador que estava se acabando de rir da minha cara(aposto que quando ele chegar em casa vai contar isso pra família toda.)
Mas ainda não tinha acabado, pois todos os bancos perto das janelas estavam ocupados, havia um passageiro em cada banco perto da janela! Menos em um daqueles bancos altos que eu detesto! Mas sentei-me lá. No outro ponto todos desceram, mas eu não iria me levantar para sentar em outro banco, principalmente por que quando eu percebi o onibus já estava em movimento.
Eu, como sou uma pessoa bem-humorada, cheguei em casa me acabando de rir e contei pra todo mundo.
Acredite! É tudo verdade.
 Sortuda eu, não?