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quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Sortuda eu, nao? E aérea também.

 Eu já contei aqui muitas vezes que sou uma pessoa super esquecida, nao?
Pois é, o bom é que eu sou uma pessoa bem perceptiva, embora isso nao ajude muito. Por exemplo, hoje eu estava descendo as escadas na escola, indo super feliz para a cantina, geralmente eu nao desço olhando para os degraus, mas meu sexto sentido faz com que eu saiba quando está acabando os degraus ou nao. em geral, eu confio nele.
 Bem, hoje estava eu descendo as escadas, quando de repente me deu um estalo: está faltando alguma coisa, assim que eu acabei de pensar isso meu pé passou em falso pelo finalzinho da escada, eu só nao caí por que minha amiga me segurou, senao eu iria desfrutar de uma boa rolada por um lance de escada abaixo.
 Mas o assunto nao é esse.
 Eu só estou dizendo que meu sexto sentido sempre apita, mas minha memoria falha nao ajuda. Eu sempre que saiu de casa, repasso mentalmente tudo o que eu deveria levar, mas mesmo assim eu fico com a sensaçao de que esqueci alguma coisa.
 Em geral, eu estou certa.
Ontem, por exemplo, eu fui para a aula de musica com minha irma. saí de casa achando que esqueci alguma coisa, mas nao lembrei o que poderia ser. fui para o ponto de onibus e fiquei esperando lá com ela. estavamos lá conversando super distraidas, quando vejo um onibus passando, viro o olhar novamente e volto a conversar, mas aí meu tao querido sexto sentido me alerta: era aquele onibus!
- Er... Dê! Acho que a gente tem que correr atras daquele onibus!
Saimos correndo atras do veiculo, sorte que ao dobrar uma curva ele havia avançado demais e assim ele teve que parar um pouco e deu tempo de pega-lo.
 Entramos, passamos pela catraca  e sentamos, a cobradora estava ainda lá na frente do onibus. eu abro a bolsa para pegar o vale e...
Pois é. a unica coisa que u achei por lá foram meu celular e uns farelos de bolacha! nada mais!
Minha irma percebeu minha expressao assustada e perguntou:
- Que foi?
- O... Vale...
Ferrou.
Eu sou assim: em uma situaçao, ao invés de entrar em panico, eu tento maquinar logo uma soluçao e mantenho a calma, pra tudo sempre existe um jeito. Mil pensamentos passaram pela minha cabeça naquele momento: Talvez eu deva ligar para o meu irmao. Claro, claro! Ele poderia pegar seu jatinho particular, pousar no teto do onibus e me entregar o vale. nós temos um jatinho particular. Por isso andamos de onibus. Só pode!
Eu poderia ligar para o meu pai. Meu pai nao estava na cidade.
Eu poderia pular pela janela!
Ah, claro! e depois quando os anjos me perguntarem por que eu fui para o céu tao cedo eu digo que foi por que eu esqueci o vale em casa.
Ou eu poderia simplesmente assaltar o onibus e... Depois pagar a passagem...
Esquece dessa!
- Dê, chama aí o motorista e diz pra ele que a gente vai descer!
- Eu nao!
Ah, Deus! Pensei. a cobradora está vindo e vamos ficar presas na rodoviaria. de repente meu sexto sentido aliado a minha memoria me fez lembrar que eu tinha dinheiro!
O dinheiro de pagar a aula.
Mas nao tinha outro jeito mesmo!
E foi o que aconteceu. Eu preciso ir em um medico resolver isso!
Mas como eu sou uma pessoa super bem humorada eu ri depois. E pra caramba!
Naquele dia eu estava realmente aérea